sexta-feira, 30 de outubro de 2015



                         FICA...

Entra querida e feche a porta por favor
Há muito tempo que estou a tua espera
Porque demoras-te tanto a chegar amor
Já se foi verão, outono e a primavera.

Não sei a razão que me deixou sozinho
E nem quero saber por onde andaste
Vamos aquecer a nossa cama o ninho
E reviver o amor que um dia tu juraste.

Vou ratificar as promessas que te fiz
Quero te amar pela vida e te fazer feliz
Pra nunca mais ouvir um adeus teu.

Fica comigo mais esta noite ta frio lá fora
Se partires agora e meu amor que chora
E a solidão vai soluçar de nostalgia...

Sidnei da Rosa Fontoura – 16.10.2015 as 20:25 hr


                             PROCUREI

Procurei incansavelmente uma nova paixão
Para encontrar uma forma acessível de viver
E assim, dar alento ao meu sofrido coração
Talvez dessa forma, era possível te esquecer.

Procurei palavras bonitas para te descrever
Nos meus sonhos te busquei a vida inteira
Nada disso aconteceu então como escrever
Coisa simples da alma que são verdadeiras?

Tantas coisas só tuas ainda habitam em mim
E como compreender a dor que não tem fim
E o amor resplandecente que sinto por ti?

Minha pobre alma esta dividida em pedaços
Somente você poderá junta-las em abraços
Para olvidar a dor do caminho  percorrido.

Sidnei da Roda Fontoura – 27.10.2015 as 09:47 hr


                         FICA...

Entra querida e feche a porta por favor
Há muito tempo que estou a tua espera
Porque demoras-te tanto a chegar amor
Já se foi verão, outono e a primavera.

Não sei a razão que me deixou sozinho
E nem quero saber por onde andaste
Vamos aquecer a nossa cama o ninho
E reviver o amor que um dia tu juraste.

Vou ratificar as promessas que te fiz
Quero te amar pela vida e te fazer feliz
Pra nunca mais ouvir um adeus teu.

Fica comigo mais esta noite ta frio lá fora
Se partires agora e meu amor que chora
E a solidão vai soluçar de nostalgia...

Sidnei da Rosa Fontoura – 16.10.2015 as 20:25 hr

quinta-feira, 26 de março de 2015

ANDARILHO

                     ANDARILHO

Sou um macróbio andarilho vagando ao leu
Perdido na encruzilhada da minha emoção
Quando me sinto  e triste eu rezo ao céu
Assim  encontro  conforto ao meu coração...

Encontrei   na jornada o horizonte sem fim
Com os pês calejados na estrada comprida
Na busca do oásis que havia dentro de mim
Nem mesmo encontrei tua imagem querida.

Na busca alienada de abrigo, calor e paixão
Mendigando somente um pouco de atenção
Execrado, na dor no meu próprio desespero.

O tempo passou chegou o final da caminhada
Que triste não te encontrei minha doce amada
Continuo vivendo perdido na estrada da vida.

 Sidnei da Rosa Fontoura – 26.03.2015 as 23:20 hr.

PAISANO

                            PAISANO

Ninguém sabia de onde, surgiu aquele paisano
Montado num baio ruano, chegou na estância a tardinha
Não disse da onde vinha, se apresentou ao patrão
Talvez por ser de confiança, na estância ficou de peão.

Pois nunca disse seu nome, lhe apelidaram Nicácio
Era irmão do Anastácio, do negro velho borracho
Chapéu grande e barbicacho, nunca gostou de lorota
Garrucha boca de sino, sempre enfiada na bota.

Disposto para qualquer pega, na estância ficou lidando
Trançando corda e domando, com capricho e altives
Sabia carnear uma rés pealava bem num rodeio
Briga de touro apartava pechando bem sobre o meio.

Potro por mais caborteiro, já ali no primeiro berro
Se cortava sobre o ferro daquele maula paisano
Que parecia um cigano cruzando de peito aberto
Porque não tinha querência nem pago nem rancho certo.

Tinha ficado extraviado, na guerra do Paraguai
Nunca conheceu seu pai e assim se criou rolando
E quando sozinho mateando, prosiava com a madrugada
E quando estava de folga, brincava com a cachorrada.

Eu lembro era mês de outubro, pendendo pro fim do ano
Ninguém mais viu o paisano, nem se quer se despediu
Mesmo que o vento sumiu, talves pras bandas do norte

Se foi aquele paisano reculutando a sua morte...

A TEU LADO

            A TEU LADO...

Se acaso um dia o sol da tua vida escurecer
E te sentires  perdida no meio da escuridão
Eu estarei  junto contigo  para te socorrer
Entregando-te mais uma vez meu coraçao.

E na solidão, quando uma lágrima brotar
Remorare dos meus sonetos que a ti eu fiz
Chegarei neste momento para te acalentar
Ficarei  sempre a teu lado para fazer-te feliz

Quando a dor do amor invadir teu caminho
Vivendo a angústia de quem não tem carinho
Encontrarás minha imagem na tua saudade...

Cobrirei tua alma de flores e raioz reluzentes
Sentiras a minha presença embora distante
Pois na tua vida eu estarei sempre presente...


Sidnei da Rosa Fontoura  21.03.2014 as 22:17hrs
ITAQUI GRANDE DO SUL


Itaqui grade do sul
Terras de arreia branca
Na natureza se estanpa
Do aconchego da  gente
Desde o passado ao presente
De gente hospitaleira
Plantada bem na fronteira
Que brotou como vertente.

 Itaqui grande do sul
Das fazendas e gadaria
Da vaca lambendo a cria
Charque gordo nos varais
Do ouro dos arrozais
Do sol enfeitando as ilhas
O festival da casilha
E a plantação de laranjais.

 Itaqui grande do sul
Do majestoso Uruguai
Herança do grande pai
Hasteando uma só bandeira
Irmanados sem fronteira
Entrelaçando a cultura
Conservando a essência pura
Com a mesma origem campeira.

 Itaqui grande do sul
Da semana farroupilha
Dos pingos de boa encilha
Dos piquetes e CTGs
Que bonito que se vê
A chama Crioula acesa
Por isso nos dá certeza
Fazendo a gente viver.

 Itaqui grande do sul
Terra de vários poetas
Onde a rima se completa
Fazendo verso genial
De domador de bagual
Carpeta e jogo de osso
Bebendo água no poço
Não existe nada igual.

  SIDNEI DA ROSA FONTOURA e VALTAIR BELLING